Charles Darwin, o naturalista, propôs a teoria da mudança evolucionária das espécies biológicas. Em sua forma mais básica, a teoria de Darwin sugere que as mudanças ambientais forçam as espécies em direção a mutações ou transformações incrementais, porém contínuas. Uma espécie que não possa adaptar-se às exigências ambientais é prejudicada, podendo extinguir-se.
Essa perspectiva de mudança evolucionária tem influenciado muitos pensadores de administração. Como resultado, acreditam que as organizações são influenciadas pelo ambiente; que a mudança ambiental é gradual, exigindo uma mudança organizacional concomitante; e que as organizações eficazes são aquelas que mais se adaptam à mudança externa gradual serão superadas por seus concorrentes e forçadas a sair do negócio.
Uma visão diferente da mudança ambiental foi proposta por certos historiadores naturais e pelo economista Joseph Schumpeter. Segundo esse ponto de vista, a mudança ambiental não é gradual, ocorrendo de maneira evolucionária e abrupta. Historiadores naturais dessa escola de pensamento acreditam que as espécies podem existir de forma inalterada durante um período de tempo bastante longo. Então como resultado de mudança ambiental repentina e evolucionária, espécies antigas podem ser destruídas e novas espécies criadas. As espécies resultantes existirão por muitas décadas ou séculos, até que o ambiente mais uma vez modifique-se abruptamente, induzindo ao aparecimento de espécies ainda mais novas.
Do mesmo modo, nas ciências sociais, Schumpeter propôs que um ambiente econômico é caracterizado por período relativamente longo de estabilidade, pontuado por rápidos períodos de mudança descontínua e evolucionária. Essas evoluções são geradas pelo advento de empresas empreendedoras com novas tecnologias. Os novos setores industriais criados por esses novos negócios empreendedores destroem as empresas e os setores industriais existentes, tornado-os obsoletos.
Alguns pontos de vista sobre a mudança evolucionária são mais moderados e propõem que pelo menos algumas das empresas existentes poderiam ser capazes de se adaptar a uma mudança ambiental abrupta. Essas organizações adaptativas permitiram às empresas inovadoras absorver os custos e riscos de se criarem novos produtos e serviços e depois imitariam as adaptações bem-sucedidas. mesmo Schumpeter, em 1950 mudou sua posição anterior (1934) argumentando que algumas empresas existentes poderiam sobreviver à mudança evolucionária. Ele acreditava que a sobrevivência pudesse ser conseguida pela imitação dos produtos e serviços evolucionários de empresas novas ou proativamente, pela criação de novos produtos e serviços.
Fonte: Administração Estratégica: Conceitos - Peter Wright, Mark J. Kroll e Joah Parnell
Fonte: Administração Estratégica: Conceitos - Peter Wright, Mark J. Kroll e Joah Parnell
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