quinta-feira, 26 de novembro de 2015

A aprendizagem tornou-se parte da gestão estratégica?




Hoje, a gestão estratégica evoluiu a ponto de que seu principal valor é ajudar a organização a operar de maneira bem sucedida em um ambiente dinâmico e complexo. A Inland Steel Company, por exemplo utiliza o planejamento estratégico como ferramenta para orientar a mudança organizacional. Espera-se que os gerentes em todos os níveis analisem continuamente o setor de aço, em constante modificação, de modo a criar ou modificar planos estratégicos durante todo o ano. Para serem competitivas em ambientes dinâmicos, as corporações estão tendo que se tornar menos burocráticas e mais flexíveis. Em ambientes estáveis, como os que existiam no passado, uma estratégia competitiva simplesmente envolvia definir uma posição competitiva e depois defendê-la. 

Pelo fato de ser cada vez mais necessário menos tempo para uma tecnologia ou produto substituir outro, os empresários de hoje tendem a acreditar que não existe uma vantagem competitiva permanente. Muitos estão de acordo com Richard D' Aveni (em seu livro Hipercompetição) em que não existe qualquer vantagem competitiva sustentável em seguir a determinação um plano quinquenal centralmente gerenciado, e sim em combinar uma série de decisões estratégicas de curto prazo (como a Intel faz ao canibalizar periodicamente as vendas de produtos de sua linha que ainda têm espaço no mercado, lançando novas alternativas.




Isso significa que as corporações devem desenvolver flexibilidade estratégica: capacidade de mudar de uma estratégia dominante para outra. A flexibilidade estratégica demanda um compromisso a longo prazo com o desenvolvimento, nutrindo-o com recursos cruciais. Demanda também que a empresa se torne uma learning organization*: uma organização com habilidade de criar, adquirir e transferir conhecimento e modificar seu comportamento para refletir novos conhecimentos e ideias. As learning organizations evitam o engessamento por meio de auto-avaliação e experimentação contínuas. 

As pessoas em todos os níveis, não apenas a alta administração precisam estar envolvidas em gestão estratégica: fazer uma análise profunda e sistemática do ambiente para encontrar informações cruciais, propor mudanças nas estratégias e programas para se obter vantagem das mudanças ambientais e trabalhar com outras pessoas afim de melhorar continuamente os métodos, os procedimentos e as técnicas de avaliação. Na Xerox, por exemplo, todos os funcionários vêm sendo treinados em atividades de pequenos grupos e em técnicas de solução de problemas. Espera-se que utilizem técnicas em todas as reuniões e em todos os níveis, sem deixar de abordar nenhum assunto. 



Fonte: Gestão Estratégica: Princípios e Prática - J. David Hunger e Thomas L. Whellen

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